Porto Alegre, 22 de novembro de 2019 – Após a puxa de ontem nos preços internos e externos, o mercado brasileiro de café deve retomar fôlego nesta sexta-feira. Neste momento, NY e dólar recuam, o que deve apaziguar os ânimos dos negociadores.
NOVA YORK
* Os contratos com vencimento em março operam com baixa de 0,20 centavo em Nova York, cotados a 116,10 centavos de dólar por libra-peso, o equivalente a 0,12%.
* Os contratos com entrega em março/2020 fecharam o dia a 116,25 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 5,45 centavos, ou de 4,8%.
USDA BRASIL
* O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil apontou que a safra brasileira de café 2019/20 (julho/junho) deverá ficar em 58,0 milhões de sacas de 60 quilos, com queda de 10,5% contra a safra de 2018/19, indicada em 64,8 milhões de sacas (recorde).
* O adido reduziu a estimativa em relação ao relatório anterior, quando a safra era indicada em 59,3 milhões de sacas. O motivo é a menor produtividade nas lavouras de arábica, que antes tinham safra estimada em 41,0 milhões de sacas e agora são indicadas em 39,9 milhões de sacas (17,2% menos que a safra 2018/19 de arábica – 48,2 milhões de sacas).
* Já a produção de robusta (conilon) está estimada em 18,1 milhões de sacas em 2019/20 (antes o número era de 18,3 milhões de sacas), com aumento de 9% contra 2018/19, colocada em 16,6 milhões de sacas.
* O adido prevê exportações totais de 35,320 milhões de sacas em 2019/20 (julho/junho), com declínio de 14,7% sobre 2018/19, quando os embarques foram indicados em 41,422 milhões de sacas.
* O consumo interno brasileiro, segundo o adido do USDA, deverá ficar em 23,530 milhões de sacas em 2019/20, com aumento de 1,4% contra 2018/19 (23,2 milhões de sacas).
* Os estoques finais de café do Brasil em 2019/20 deverão ficar em 1,381 milhão de sacas, com queda de 36,2% contra 2018/19 (2,164 milhões de sacas). As informações partem do adido do USDA.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,02% a US$ 4,193.
INDICADORES FINANCEIROS
* As bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,63%; e Tóquio, +0,32%.
* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,34%; Frankfurt, +0,21% e Londres, +1,27%.
* O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 58,38 o barril (-0,32%).
* O Dollar Index registra alta de 0,05% a 99,04 pontos.
MERCADO INTERNO
* O mercado físico brasileiro de café registrou preços mais altos nesta quinta-feira. As cotações acompanharam a forte valorização do arábica na Bolsa de Nova York. Ao final das contas, o dia acabou não sendo de grande volume negociado, apesar da melhora nas cotações, envolvendo pequenos lotes.
* A volatilidade da bolsa, que chegou a ter perdas, assustou os agentes no mercado. Mesmo os vendedores recuaram diante das bruscas altas. As cotações avançaram significativamente no país diante dos ganhos em NY.
* No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$ 490,00/495,00 a saca, contra R$ 465,00/470,00 do dia anterior. No cerrado mineiro, preço de R$ 495,00/500,00 a saca, contra R$ 470,00/475,00 de ontem.
* Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 340,00/345,00 a saca, contra R$ 330,00/335,00 de ontem.
* O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 308,00/310,00 a saca, estável.
AGENDA
– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.
– Evolução do plantio de soja no Brasil -SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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